quarta-feira, 10 de março de 2010

beija-flor confiante


Hoje realizamos uma atividade vivencial de Educação Ambiental com alguns colegas de trabalho no Parque Olhos D'Água.
Já no finalzinho da atividade, passando numa trilha dentro da mata, com todos em silêncio numa atividade de percepção auditiva, um dos colegas encontrou um ninho de beija-flor. Ele tinha cerca de 05 centímetros de diâmetro e dois ovos do tamanho de feijões. Era realmente muito bonito e delicado. Um momento precioso.
Eu fiquei espantado como a ave resolveu colocar os ovos numa situação tão exposta, a cerca de um metro do solo, num galho fino, ao alcance fácil de um predador ou de alguém mal intencionado. Ocorreu ali uma falha no instinto de preservação? Era um caso a ser pensado segundo a seleção natural onde os mais fortes e adaptados tem mais chances de sobreviver para transmitir seus genes a novas gerações cada vez mais fortes? Fiquei pensando em meus filhos em casa, os quais eu cerco de cuidados e proteção, mas que por mais que eu proteja estão expostos a diferentes tipos de risco. Fiquei pensando no acaso que permeia a vida quebrando as regras e convenções de formas criativas e divertidas, e algumas vezes irônicas e cruéis. Foi um momento de intenso significado, em que a fragilidade da vida estava exposta e mostrava sua força poética, desafiando nossos labirintos racionais.
Cada um olhou o ninho e ficou feliz com o inusitado presente ao olhar, seguindo adiante na sua caminhada.

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