quinta-feira, 14 de janeiro de 2010



Eu sou minha história. Minha história são as espirais labirínticas de meu DNA em tramas e redes indecifráveis. É a jornada daqueles que me antecederam e dos que virão a partir de mim. Ela será a história dos meus filhos e netos e que é sequência do meu existir através dos meus pais e avós, índios e negros, do povo com pé no chão, da gente que veio do mato e fugiu para a cidade. É o meu olhar envolvido pela minha cultura, meus valores, sonhos e desejos, que carrego de herança. Ela é maior do que eu imagino, sinto ou consigo definir.

Essa imagem trás quatro gerações em confluência. Quatro eras, inúmeras histórias e laços imperceptíveis. A tia avó, seus filhos e sobrinhos. Meus tios e primos. Minha mãe. Minhas irmãs. Minha filha e esposa. E as ausências tão presentes...

Essa é apenas uma parte da história, perdida nas amarguras e bifurcações da estrada. A influência dessa história me envolve como a água ao redor do peixe, uma pressão que de tão constante se torna imperceptível. As marcas foram feitas no metal com um pena de fogo. A história continua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário